SINPEF RS
Área restrita do sindicalizado
Home
  • Destaques
  • Jurídico
  • Em Pauta
  • Sindicais
  • PF em Notícia
  • Espaço Aberto
  • Mural
  • Planos de Saúde
  • O Sindicato
    • Histórico
    • Conquistas
    • Frentes de lutas
    • Estatuto
    • Infraestrutura
  • Administração
    • Diretoria
    • Representações sindicais
  • Serviços
    • Assistência Psicológica
    • Auxílio Jurídico
      • Ações Judiciais
    • Auxílio Funeral
    • Carta Fiança
    • Planos de Saúde
      • Unimed Porto Alegre
      • Centro Clínico Gaúcho
    • Plano Odontológico
      • Perguntas e Respostas
      • Formulários Uniodonto
    • Seguro de Vida
  • Convênios
    • FEDERAL CLUB
  • Links
    • Entidades de Policiais Federais
    • Imprensa
    • Poder Executivo
    • Poder Legislativo
    • Poder Judiciário
  • Contato
  • DPF
  • FENAPEF
  • APOFESUL
  • SIAPENET
  • SICREDIPOL
  • UNIMED
  • Página inicial
  • Página inicial
  • Página inicial

Gol da corrupção – Por: Carlos Alberto Di Franco

Postado em 07/01/2013.

Aprovada em comissão especial da Câmara dos Deputados, a proposta de emenda constitucional que restringe os poderes de investigação do Ministério Público é um golaço para o time da corrupção. Ainda não foi aprovada em plenário, mas deve ser encarada como um grave entrave ao combate à corrupção.

É preciso refletir sobre os riscos de uma proposta que visa a cercear, tolher e manietar a instituição que, de forma mais eficaz e notória, combate a crônica impunidade reinante no País. De fato, o Ministério Público, em colaboração com a Polícia Federal, tem conseguido esclarecer diversos casos de corrupção.

Será que o Ministério Público, que é quem forma as convicções sobre a autoria do crime, não pode fazer diligências para ele mesmo se convencer? Está em andamento um movimento para algemar a instituição. Se o Congresso excluir o MP do processo investigatório, o reflexo imediato será o questionamento sobre a legalidade e até a completa anulação de importantes apurações.

O papel do Ministério Público, guardadas as devidas proporções, se aproxima, e muito, da dimensão social da imprensa. Fatos recorrentes evidenciam a importância da informação jornalística e da ação do Ministério Público como instrumento de realização da justiça. Alguém imagina, por exemplo, que o julgamento do mensalão teria sido possível sem a pressão de um autêntico jornalismo de denúncia? O Ministério Público, muitas vezes, é acionado por fundamentada apuração jornalística. É o ponto de partida. Ninguém discute que o Brasil tem avançado graças ao esforço dos meios de comunicação, mas também graças ao trabalho do Ministério Público. A informação é a base da sociedade democrática. Precisamos, sem dúvida, melhorar os controles éticos da notícia. Consegue-se tudo isso não com censura ou limitações informativas, mas com mais informação e com mais pluralismo.

O mesmo se pode dizer do trabalho do Ministério Público. Como escreveu a jornalista Rosane de Oliveira, respeitada colunista de política do jornal “Zero Hora”, “em um país em que a polícia carece de recursos para investigar homicídios, tráfico de drogas, roubo de carros e outros crimes, não se compreende a briga pela exclusividade na investigação, típica disputa de beleza entre as corporações. Em vez de as instituições unirem forças, tenta-se com essa emenda constitucional impedir o Ministério Público de investigar. Mais fácil é entender o sucesso do lobby no Congresso: boa parte da classe política não suporta os promotores com sua mania de investigar denúncias de mau uso do dinheiro público”.

Esperemos que o Congresso não decida de costas para a cidadania. É preciso que a sociedade civil, os juristas, os legisladores, você, caro leitor, e todos os que têm uma parcela de responsabilidade na formação da opinião pública façam chegar aos parlamentares, com serenidade e firmeza, um clamor contra a impunidade e uma defesa contundente do papel do Ministério Público no combate à corrupção.

 

Carlos Alberto Di Franco é diretor do Departamento de Comunicação do Instituto Internacional de Ciência Sociais

 

Fonte: O Globo

Temas corrupção.

 

  • PARA REFLEXÃO

    Segurança Pública: Vamos discutir uma proposta de mudança?

    O sistema brasileiro de segurança pública está desatualizado para o contexto político e momento histórico atuais. Desde o regime militar, não houve alterações estruturais significativas

    Entenda o Ciclo Completo de Polícia

    Com 607 mil presos, Brasil tem a 4ª maior população carcerária do mundo

    Leia mais »
  • MATÉRIAS RELACIONADAS

    • Obrigado, Pelé! - Por: Valacir Marques Gonçalves
    • A nossa doce Bia foi embora! - Por: Valacir Gonçalves
    • Discurso de despedida da Sicredipol - Por: Valacir Gonçalves
    • Réquiem ao David - Por: Valacir Gonçalves
    • Você já fez seu “pit stop” hoje? - Por: Valacir Gonçalves